terça-feira, 19 de outubro de 2010

RESTOS DE UM POETA CAÍDO

A poesia que toma conta de mim
É a mesma que corria os corações apaixonados
A mesma que calara nossos antepassados
Que sufocara doces almas e as sacrificava.

Este é o nosso destino;
Morrer por sobre as páginas.
Amareladas e borradas de lágrimas
Sangue corre minha pena
Suor molha as duras palavras.

Nenhuma rima,
Nunhum pensamento
Triste sina
Onde me perco e me entrego.

Sufoco a cada palavra
Turva e desorganizada
Num turbilhão de soltas palavras
Numa única frase sem qualquer sentido.

Morro agora sem entendê-la
Despeço me com a mesma em mim
O amor é uma loucura incompreensível
Somente quem ama a compreende,
Pois tem um coração sensível.


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Erik Sartor

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